Infertilidade no Lesado Medular
Estima-se que no Brasil haja sete mil novos casos de trauma raquimedular (TRM) a cada ano sendo que oitenta por cento dos pacientes são homens em idade fértil. A infertilidade nesses pacientes é decorrente de um ou mais dos fatores listados a seguir:
- disfunção erétil
- distúrbio ejaculatório
- baixa qualidade seminal
O tratamento da disfunção erétil tem atingido elevado índice de sucesso através do uso de medicamentos orais e injetáveis, utilização de dispositivos à vácuo e implante de prótese peniana. Quanto ao distúrbio ejaculatório, verificamos um aprimoramento tecnológico nos aparelhos de estimulação vibratória peniana (PVS) e eletroejaculação por sonda retal (RPE) o que tornou tais procedimentos mais seguros e acessíveis.
A baixa qualidade seminal observada nos lesados medulares, principalmente a hipomobilidade dos espermatozóides parece estar relacionada a fatores do plasma seminal e não à mudança na regulação térmica escrotal, freqüência das ejaculações ou tempo de lesão medular como se acreditava de início. A difusão de técnicas de reprodução assistida que vão da simples inseminação doméstica até métodos sofisticados como o ICSI (intracytoplasmic sperm injection) tem proporcionado cada vez mais a possibilidade de paternidade a homens com lesão raqui-medular.