Dr. José Carlos Truzzi

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Incontinência Urinária no Homem

De modo geral, o homem também pode ter incontinência urinária. São dois os principais tipos de incontinência urinária no homem: aumento da atividade da bexiga (bexiga hiperativa), ou incontinência urinária por esforço, esta última mais rara.

A probabilidade de um homem ter incontinência urinária após ter sido submetido à cirurgia da próstata depende do tipo de cirurgia ao qual foi submetido. Nas cirurgias para tratamento da hiperplasia da próstata (benigno) o risco de cursar com incontinência urinária no pós-operatório é geralmente inferior a 1%. Nos casos de Câncer de próstata com indicação de tratamento cirúrgico é realizada a prostatectomia radical. O risco de incontinência urinária após esta cirurgia é de 5-15% em média.

A avaliação da incontinência urinária é feita de modo semelhante à da mulher, ou seja, história clínica, exame físico e estudo urodinâmico. Outros exames complementares como uretrocistografia podem ser necessários em casos específicos.

Nos casos de mau-funcionamento vesical (bexiga hiperativa), o tratamento segue as mesmas recomendações do descrito para mulheres portadoras deste tipo de incontinência. A restrição de alguns alimentos irritantes vesicais, como café, refrigerantes, alguns tipos de chá, condimentos picantes e evitar o tabagismo são medidas úteis no tratamento conservador. Quanto aos medicamentos, os anti-colinérgicos são os de primeira escolha e têm resultados razoavelmente satisfatórios.

Já a incontinência urinária de esforço no homem tem um tratamento mais complexo e com resultados menos satisfatórios que os obtidos no sexo feminino. Entre as opções temos a injeção de substâncias no colo da bexiga ou uretra para reduzir as perdas por compressão. Os resultados com essa modalidade terapêutica ficam em torno de 60%. Outra opção é a realização de uma cirurgia de "Sling" nos moldes da correção da incontinência urinária de esforço feminina. O tratamento considerado padrão para este tipo de incontinência é o implante de esfíncter artificial, sendo o AMS 800 o mais utilizado. As limitações para o implante deste esfíncter artificial estão no alto custo, necessidade de revisões freqüentes e experiência profissional com esta técnica.